domingo, 10 de junho de 2007

Tecnologia: Motor Wankel

História

O motor Wankel é um tipo de motor a explosão, inventado por Felix Wankel, que utiliza rotores em forma de triângulo em vez dos pistões dos motores convencionais.

A idéia dos pistões rotativos revolucionou o mundo», afirmava em 1955 a publicidade da firma alemã NSU, uma das que adquiriram a patente do motor rotativo idealizado e realizado por Félix Wankel.Neste tipo de motor, os pistões e as bielas não funcionam violentamente como nos motores convencionais. Não existe neste motor, também, a árvore de manivela. Por esta razão, o novo motor funciona com tanta suavidade sendo, ao mesmo tempo, muito robusto. Era a primeira vez que o motor de explosão convencional tinha um rival aparentemente capaz de quebrar a sua hegemonia.



Mas as coisas não seriam tão simples como pensavam alguns. Após a primeira euforia, veio a ressaca e a maioria das marcas interessadas no motor rotativo acabaram por recuar e abandonar o seu desenvolvimento. O conceito essencial era e é simples na sua formulação, mas difícil na sua aplicação. Trata-se de um motor compacto que precisa de muito menos peças que um convencional, mas a sua fabricação resulta ser mais caro e não cumpre tão facilmente com as normas, cada vez mais exigentes, sobre o consumo e a poluição.

Apesar das suas indiscutíveis qualidades de eficácia mecânica, baixo nível de vibrações e ruído e utilização de pouco espaço para o motor, o motor ainda não conseguiu destronar o de pistões de movimento alternativo, com longos anos de uso e um notável grau de aperfeiçoamento técnico e, consequentemente, econômico.

Carros

No dia 30 de Maio de 1967, a Mazda começou a vender o primeiro automóvel com motor rotativo de dois rotores a nível mundial, o Cosmo Sport, que incluía um motor do tipo 10A com uma potência de 110 cavalos. Desenvolvimentos posteriores aperfeiçoaram a economia de combustível em mais de 40% e baixaram substancialmente o nível das emissões, para alcançar a conformidade com os novos regulamentos ambientais, cada vez mais severos. Em 1970, a produção acumulada de automóveis com motores rotativos tinha alcançado as 100.000 unidades. Já em 1975, eram 500.000. Em 1978, esse número alcançou a marca de um milhão. O motor rotativo tinha vindo para ficar

No final dos anos 70, a Mazda tinha começado a produzir em massa o motor rotativo do desportivo RX-7 e este era o tipo de veículo ideal para a competição automóvel.

Em 1980, Tom Walkinshaw, que dirigia uma das melhores equipas de competição do Reino Unido na altura, vestiu a camisola do motor rotativo e, juntamente com Pierre Dieudonné, levou um Mazda RX-7 à vitória em Spa, em 1981. Um segundo RX-7 terminou em quinto lugar, dando à Mazda a Taça King, como vencedora por equipes.

A Mazda continuou a desenvolver e a melhorar o motor rotativo nos anos 80 e, em 1991, chegava a altura de perceber até onde esses progressos poderiam levar um modelo de competição. Com uma carroçaria leve em fibra de carbono e um motor com quatro rotores, o Mazda 787B venceu as 24 Horas de Le Mans, naquela que é considerada uma das maiores surpresas de sempre da emblemática corrida.

Mesmo que não constituísse surpresa para os engenheiros do RX-7 ou para os seus proprietários em todo o mundo. Depois deste triunfo, o corpo de comissários de Le Mans baniu a utilização de motores rotativos da famosa prova de resistência – o que permitiu que a competição voltasse a ter vencedores incertos.



O Mazda RX-8 é único automóvel produzido em série atualmente, impulsionado pelo motor Wankel Renesis.

Texto Retirado do Wikipedia


2 comentários:

Marcio Kohara disse...

É legal ver que Le Mans é um tradicional laboratório de novas tecnologias...

E, ao contrário do que aconteceu com a F1 e as suas limitações bizonhas, continua com esta tradição. Nos últimos anos, Peugeot e Audi desenvolvem o motor Diesel...

[]´s
Kohara

Felipão disse...

Eu sempre gostei dessa família RX da Mazda. E o Koka tá certo, vide como eles andam explorando atualmente os motores à diesel...